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Pará: MICM assiste ribeirinhos da Amazônia durante a pandemia

A Missão Cristã Maranata (MICM) assiste às comunidades ribeirinhas dos municípios de Bagre, Breves, Melgaço e São Sebastião da Boa Vista, localizados na ilha de Marajó, no estado do Pará. Além do auxílio evangelístico e social através das edições semestrais da Missão Amazônia, a região também é atendida mensalmente por pastores da Igreja Cristã Maranata (ICM). No entanto, desde março deste ano os cultos e assistências presenciais foram suspensos em atendimento ao isolamento social. Atualmente, os pastores Danilo Israel, Antonino Magno e Edvan Ferreira de Oliveira estão auxiliando à distância, enviando recursos e orando com as famílias por telefone.

Recepção dos cultos em Melgaço, Bagre e Breves

Conforme informações do pastor Antonino Magno, referente às igrejas dos municípios de Melgaço, Bagre e Breves, a ICM possui aproximadamente 130 membros. Em Melgaço e Bagre o sinal de internet é extremamente baixo para acessarem aos cultos diários. No entanto, o pastor envia os links às famílias.  Os irmãos que não conseguem acesso são assistidos por telefone. Em Melgaço não houve membro com contágio de Covid-19. Apenas um jovem em Bagre que já está recuperado.

Em Breves, os membros têm participado dos cultos em seus lares via internet, pois possuem sinal favorável. Os irmãos têm vivenciado inúmeras experiências de evangelização. “Os membros têm enviado os links para uma média de 200 moradores e os que têm assistido os cultos tem demostrado interesse de visitar a ICM após este momento que estamos vivendo,” contou o pastor Antonino, dizendo ainda que já recebeu diversas ligações desses visitantes pedindo oração.

Experiências de evangelização

Mesmo tendo Breves a maior proporção de casos de Covid-19 no estado do Pará, conforme pesquisa da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), nenhum membro da ICM foi diagnosticado. Porém, quatro famílias de visitantes perderam entes queridos, mas que tiveram a oportunidade de ouvir a mensagem de salvação através dos cultos digitais.

Uma jovem que frequentava a ICM antes da pandemia, com dificuldades de participar dos cultos e da Missão Amazônia, está vivendo uma experiência nova em sua casa.  Em um culto de quinta-feira que assistia, seus pais foram tocados pela oração de um pastor em favor da vida dos profissionais da área de saúde. Ficaram impressionados com a preocupação da igreja com os médicos.

Outra jovem vivenciou, por sua vez, uma experiência de evangelização com sua família que reside em local de difícil acesso no interior de Breves, na comunidade ribeirinha do rio Caruaca. Ao levar, através de uma rabeta (embarcação usada para locomoção nos rios da região), um culto gravado para assistir com seus familiares que também não possuem sinal de internet.

Assistência social

Por conta das medidas de isolamento social, Melgaço, Breves e Bagre ficaram sem meio de transporte para solicitarem o auxílio do governo nas localidades que possuem acesso a internet. Nesse período, a ICM distribuiu 20 cestas básicas e materiais de proteção como máscaras e orientações de higiene contra o coronavírus. Atualmente estão recebendo o auxílio em suas comunidades.

Saiba como os membros de São Sebastião da Boa Vista estão sendo assistidos

A ICM assiste cerca de 200 membros no município de São Sebastião da Boa Vista (SSBV) e comunidades ribeirinhas do interior, que compreende também a igreja do rio Umarituba, rio Flexal e Furo Grande do Umarituba.  Quanto à recepção dos cultos durante o isolamento social, no município de SSBV a internet é de baixa velocidade. Sendo assim, a antena do salão foi instalada na casa do irmão Everaldo, pois seus parentes e a maioria dos membros moram próximos. “Todos estão maravilhados, pois o SENHOR tem operado grandemente em sua família”, disse Danilo Israel, que assiste o município com o auxílio do pastor Edvan Ferreira de Oliveira. Em SSBV há casos de Covid-19, porém nenhum membro foi diagnosticado.

Os demais irmãos, pertencentes às igrejas do rio Flexal e Furo Grande do Umarituba, deslocam-se para a igreja do Rio Umarituba a fim de participarem juntos do culto via satélite, pois ainda não possuem recepção em suas localidades, tão pouco sinal de internet. Vale ressaltar que não há nenhum caso de coronavírus nessas comunidades ribeirinhas assistidas que fazem parte do município de SSBV.

Quanto à assistência social, os irmãos ainda não manifestaram a necessidade de cestas básicas, porém já receberam auxílio financeiro para necessidades médicas.

Depoimentos dos irmãos de SSBV

“A Paz do Senhor, aqui é o irmão Everaldo de São Sebastião da Boa Vista. Estamos muito felizes por podermos assistir aos cultos, que Deus providenciou para nós com a instalação da antena; a EBD, que é uma maravilha a Escola Bíblica Dominical, os ensinamentos; quanto ao culto da noite, os louvores são muito bons e as mensagens também. E dizer que estamos passando por este momento de aflição, mas Deus está conosco. Sentimos muito privilegiados por estarmos assistindo estes cultos em casa, com os familiares, com os amigos e estamos com saudades de vocês. Que este trabalho continue sempre a crescer, porque é um trabalho sério. Eu já estive evangelizando com vocês, juntamente com os irmãos. Temos só um propósito e eu me sinto horando de fazer parte desta igreja maravilhosa.”

“Estou muito feliz e honrada por Deus ter nos concedido mais uma vitória de estamos reunidos em casa, assistindo aos cultos via satélite todos os dias, que é sem dúvida uma benção. A EBD para as crianças… Estávamos orando, pedindo esta benção, que viesse em nosso favor. Porque, muitas vezes, enfrentamos dificuldades para deslocar à cidade, mas sempre esperando no Senhor, perseverando. O Senhor nos contemplou e agora estamos todos em casa neste momento de batalha. Sempre também fomos assistidos pelos pastores Danilo, Antonino, Edvan, que sempre estão conosco dispostos a nos aconselhar, a falar da Palavra, nos alertando e orientando. Estou muito agradecida. Em nome de Jesus eu sei que vamos passar por tudo isso e no final vamos ver a vitória.” Irmã Leuda de São Sebastião da Boa Vista.

Por Andréia Talma

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